É, então, a coisa não deu muito certo.
E piorou mais ainda quando eu estava me despedindo do Michael – depois de tentar, sem conseguir, arrancar o iPhone da mão dele para poder deletar a cópia do meu livro que eu cometi a idiotice de mandar para ele – e nós nos levantamos para ir embora, e eu estendi a mão para dar tchau, e ele olhou e disse: “Acho que a gente pode fazer algo melhor do que isto, não é mesmo?”
E ele abriu os braços para me dar um abraço – um abraço de amigo, obviamente, quer dizer, não era nada mais do que isso.
E eu respondi: “Claro que sim.”
E eu retribuí o abraço.
E sem querer senti o cheiro dele.
E tudo voltou como uma onda. Como eu sempre me sentia segura e quente nos braços dele, e como toda vez que ele me abraçava desse jeito eu nunca mais queria largar. Eu não queria que ele me largasse ali, bem no meio do Caffe Dante, onde eu só estava fazendo uma entrevista com ele para o Átomo, não estava em um encontro ou qualquer coisa assim. Foi tão idiota. Foi tão horrível. Quer dizer, eu praticamente tive que me forçar a largar, a parar de respirar o cheiro de Michael dele, que eu não sentia há tanto tempo.
Qual é o meu problema?
Conheço alguém assim. Igualzinha.
Um comentário:
muuuuito obrigado esse trecho me salvou em uma prova!!! só com isso fui muito bem obrigado mesmo!
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