
Desejo a todos um Feliz Natal.
Meu dia preferido no ano dispensa outras palavras.
:)))
Um beijo. -♥
Mais do que tudo nesse mundo, eu queria ter pelo menos a coragem de dizer o seu nome. Parece fácil, não? Queria que você soubesse – ou entendesse – o quanto não é. Você é o meu inferno e, incompreensivelmente, eu preciso de você.
Se eu cantar com a minha alma (que grita), será que você escuta? Canto por você e cantarei.
Por mais inacreditável que isso pareça, eu gosto de lhe escrever. Ainda que isso seja apenas uma aventura, ou mais uma das minhas tantas inconseqüências que ninguém nunca vê. Minha inconseqüência não está no que digo: está no que faço sem ninguém perceber. Quando sou descoberta já fui embora, já mudei. Mudarei se você também mudar.
Nossos segredos serão sempre nossos segredos, embora já tenham sido ironicamente desvendados por Djavan, teu olhar não me diz exato quem tu és, Adriana Calcanhotto, nem mil alto-falantes vão poder falar por mim, Nando Reis, que a vida é mesmo coisa muito frágil, uma bobagem, uma irrelevância diante da eternidade do amor de quem se ama, e Fernanda Abreu – toda cidade é paisagem pro nosso amor.
É, hoje eu queria que você estivesse aqui, e o resto do mundo poderia simplesmente desaparecer. Será que você volta? Tudo à minha volta é triste.
Que dia é hoje? Que horas são? Meu Deus! Pare. Já é tarde demais, tenho a vida toda pra cantar pra você. Será que você ouve? Mas eu lhe digo agora que tu vais, se é amor, amor verás e de um amor viverás.
Mas se quer saber se eu quero outra vida...
Quantas caras você tem? Eu tenho visto várias.
Como você está?
Estou com saudade...
Nunca soube exatamente como dizer tudo o que eu sentia, até porque, nem mesmo eu me entendia. Penso que às vezes, não preciso falar: se não explodo em palavras, explodo em risos ou lágrimas. Não há motivos e não há explicação. Versos, rimas, bilhetes e cartas não fazem mais sentido. Não há retorno. Logo pra mim...
Logo eu, que ao menos conheço sua letra, me escrevo nessas linhas sem medo. Me exponho, me viro no avesso. Sou sua de todo jeito, de dentro pra fora, principalmente a parte interna.
Cansei dessa história de entregar meu coração pra você, sabia? Não, não! Meu coração é meu, e só. O que tem dentro dele que é seu. Toda a loucura, inconseqüência e insensatez.
Enquanto isso, tudo se contradiz, inclusive eu. Não faço mais sentido, sou a falha na comunicação. Sou o erro ou estou errada? Não quero saber, não me conte.
Me faltam palavras. Só dei as caras pra dar um motivo a mais para que não se esqueça de mim. E pra roubar um sorriso.
Eu ainda...
Eu sempre vou...
Não sei começar, não sei terminar. Fico parada aqui, nesse nosso caso repentinamente já começado e interminável, então.
É só meu jeito dizer que é pra sempre...
“Sou mais um desses boçais que escreve tudo aquilo que deveria ser falado, e você é mais uma vítima que jamais vai ter atendido o seu desejo: saber. Mesmo consciente da sua boa vontade de me ouvir e entender, lhe escrevo, não posso ir além, não peça para remeter-me, esta carta não é para chegar, é uma carta de ficar.Para mim e para você, escrevo que, daqui de onde me encontro, você está longe e perto, e eu estou sozinho e não. Do que sinto, aviso que é forte, mas não é perigoso, é como um grande lago sereno, eu sou o píer, quase me precipito, você é todo o resto, toda água, tudo o que há. Mas somos dois e em vez de par, somos ímpares. Estou possuído por você e ao mesmo tempo permaneço impermeável, amo a seco, e rendido. Você não me acharia covarde, você não acharia nada: você não me conhece. Sou um vulto, um alguém, você foi gentil comigo como é com os garçons e os primos, com os pedestres e com os turistas, você foi o que sempre foi, e eu não fui com você: no terceiro minuto ao seu lado eu já sabia que era irremediável, e em vez de segurar sua mão e reverter-lhe a pressa, deixei que você fosse, eu fiquei. Os dias, os gestos, rituais cotidianos, surpresas, tudo corre, passa por mim, menos o susto deste amor que entranhou-se feito limo, umidade em peito árido, me sinto tomado, absorvido, e não encontro método ou coragem para dizer: você que é motivo e dona desta represa, fique comigo, pois é só o que eu sei fazer, ficar.Mas você é ligeira, em movimento constante, você não senta, não repara, quer vida demais, sedenta, me fisgou muito rápido, e eu sou lento, estudado, incapaz de um repente, apaixonado por uma mulher impaciente, que suplica com o olhar e não espera, você se foi, em frente, quando deveria ter ficado.”
(Martha Medeiros – Carta extraviada 4)
Você vem sempre aqui? Não é a primeira vez que te vejo e sim, tenho certeza disso. Acho que te conheço mais do que você pensa (e, talvez, menos do que acredito). O que são essas olheiras? Porque está tão triste? Não, não fica assim. Eu estou aqui e tenho te observado daqui dessa mesma cadeira. Você, sempre do outro lado da sala, com a cabeça nas nuvens. Ou realista demais? Não sei dizer.
Entre um gole e outro do meu refrigerante, você sorri. A pressa é perfeitamente notável, impecavelmente polida todos os dias, eu sei. Comigo também é assim, no fim das contas, acho que não somos tão diferentes. O meu segredo é fingir seguir as regras.
Alguém desenhou uma linha no meio da sala: O lado direito é seu e o esquerdo é meu. Quem atravessar primeiro, perde. E eu não quero perder... Prefiro continuar na cadeira. Antes sentir saudade, com plena consciência de que você está ali do outro lado, do que nunca mais te ver e saber que perdi. Me chame de covarde, eu não me importo. Não sei perder, não quero. E jogar mentindo (ou omitindo) é o mesmo que perder pra mim. Quero essa linha apagada, não quero um limite para precisar atravessar. O que fazer? Não sei. Não sei esperar. Empatamos...
“Will you stick with me through whatever or runaway?”
(Vanessa Hudgens – Say Ok)