terça-feira, 25 de maio de 2010

Daydreaming


Fechei os olhos e ali estava eu. Junto com você.

Que indelicadeza mais linda da sua parte, essa de aparecer justamente quando não me ouviu chamar. Por que você faz isso comigo? Toda vez eu perco o ar. É divertido? Tudo bem, confesso que gosto dessas surpresas.

Diga-me porquê tenho que te arrancar de dentro de mim. Não quero fazer isso. Não quero abrir os olhos. E não vou.

E como materializar essa nossa irrealidade, sendo que pra mim, tudo foi sempre tão real? E continua...

Não precisa ser difícil. E não é. Seria se estivéssemos separados pelo tempo: eu no passado e você no futuro, ou vice-versa. Mas nós estamos aqui. Não fomos antes, não seremos depois. Nós somos agora. Afinal, o que me separa de você?
Um carro, a cor do dinheiro e alguns quilômetros. Minha pausa e a sua continuação. Seus horários e seus compromissos com você. Meu amor incondicional. As cartas que não mandei e as respostas que não recebi. Muitas ruas e estradas. Todas as saídas e nenhuma entrada. Um outro coração, que não é o meu, mas é o que você escolheu. É o que nos separa... uma vida paralela e já planejada.
Não precisa ser difícil assim. Viva essa irrealidade comigo, custe o que custar. Aqui, estamos juntos. Como as estrelas, brilhando no firmamento. O que me separa de você?
Nada.


(Só um pensamento...)









After all, you’re my wonderwall...

Um comentário:

Thalles disse...

cada vez mais perfeito ...