Vontade de fugir. Desaparecer com os meus versos inversos, que sinceramente têm sido meus melhores amigos. E também com as hipóteses, falsas ou não. É que na verdade, o “se” me encanta.
Se eu der continuação a uma história que já teve um fim, encontrarei alguma recompensa no final? Só saberei se assim o fizer.
Cansei de não arriscar. Faça-me uma proposta insolente. Indecente. A ousadia não me permitirá recusar.
Retroceder ou ficar estática não faz parte da minha natureza. Pelo menos, não mais. Deixo ser. Deixo estar. E se for preciso, deixo voltar.
Vontade de fugir.
Não, não quero ir sozinha. Só não te convido pra ir comigo, por que se o fizesse, fugiria pra você. Em você.
Queria dançar com você pra sempre, ainda que os passos cheguem ao seu limite. Desta forma, criaríamos uma coreografia diferente para esta dança, a qual chamamos de vida. Afinal, qual é a graça de seguir a regra dos “dois pra lá e dois pra cá”? Não há.
Estou aqui justamente para dizer que não tenho pressa. Só para te deixar saber que não precisa retribuir meus sentimentos, mas é necessário que me deixe senti-los até o fim. Ou até o não-fim. Aliás, qual outra palavra além de “eternidade” ou “para sempre” eu poderia usar? Não-fim. O contrário de fim, que não é o começo.
É isso mesmo. Recusar o fim. Fugir com o intuito de não terminar, mas sem querer recomeçar. Desejar o não-fim, que ultrapassa os encantos do re-começo.
Fugir de você e depois fugir pra você. Em você.
Não é um dos meus melhores. Mas mesmo assim, I don’t care anyways.
Runaway, yeah! Runaway, yeah...
2 comentários:
You have romance in your blood.
I love the post, very touching, sensitive and full of passion.
Belo texto... Acho que todos já foram arremetidos pelo sentimento de fuga para só então lembrar o desconhecimento de um bom esconderijo.
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