quinta-feira, 9 de setembro de 2010

- toque, retoque, mistérios e confusão

Tanto do que havia já se foi. Em contrapartida, muita coisa me restou: Algumas notas, alguns harmônicos e muitas palavras. Não que isso seja muita coisa, mas é. Você só passa a conhecer o poder da música quando ela faz com você o que qualquer ser humano jamais conseguiu.
Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si. Apenas sete notas. E infinitos dizeres entre elas...
Como um sorriso veemente que brinca nos lábios de um alguém qualquer, resta o mistério. É o que há. Não sei se quero decifrá-lo, incógnitas me encantam.
Te vejo em todas as telas, menos do lado de lá da minha janela. O que nos separa? Uma sensibilidade sem tamanho. Meu coração dói. Obrigada por notar, é muita gentileza.

Tanto do que havia já se foi: alguns dias, muitas noites, estrelas cadentes e alguns amores. Tanto me resta: A doçura da solidão, os ritmos, as cores, os ventos. Estrelas fixas. A beleza não-óbvia de tudo o que há de bom. Meus mistérios. Resta você em mim mesmo nesse mundo perdido. E justamente por isso, enxergo beleza até na confusão.





Sei lá que bicho me dá, sei lá pra onde eu atiro...


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