Trago essa rosa para te dar, porque é primavera... -♫
Parece que meu dia teve muito mais do que só 24 horas. Hoje foi dia de arrumação aqui em casa. Arrumei o guarda-roupa e dei embora tudo o que não queria mais. Peguei uma blusa velha e rasgada que antigamente era minha preferida, e fiz dela um pano de chão. Um verdadeiro trapo velho. E também tinha uma calça que não mais me servia, mas eu adorava. Portanto, decidi doá-la a alguém de confiança, assim saberia que ela seria bem cuidada.
Logo chegou a vez da minha caixinha de coisas especiais - dentro dela há ingressos para o cinema, cartas, cartões postais, estrelinhas de papel, pulseirinhas de setor vip de alguns shows, poemas, alianças, um dólar e passagens de avião. – Não me desfiz de nada. Cada uma dessas coisas me lembram uma pessoa e algum determinado momento que vivi.
Praticar o desapego é, certamente, algo bem importante. Jogar algumas roupas velhas fora e doar as outras que não me servem parece muito fácil pra mim. Quem dera fosse assim com os sentimentos. Pra algumas pessoas pode até ser, quem sabe? Pra mim não é. Não será. Eu desconheço essa “arte” do desapego. Infelizmente. Ou felizmente? Acho que prefiro não saber. Um dia, descobrirei. Por enquanto só quero deixar registrado aqui em letra maiúscula e em negrito o que essa inacreditável incapacidade de desapego fatalmente me obriga a dizer: EU NÃO VOU EMBORA. NUNCA.
E que venham as flores.
“Claro que Boris não iria saber que uma rosa amarela representa amor eterno. Boris nem mesmo sabe que não deve enfiar o suéter para dentro das calças. Como ele saberia a linguagem secreta das flores?
Não sei o que foi realmente mais forte, meu sentimento de alivio porque não era Justin Baxendale deixando aquelas rosas, no fim das contas...
...ou meu sentimento de desapontamento porque não era Michael.”
Um comentário:
É inacreditável a junção dessa beleza com a fluência na escrita e o talento musical. Isso eu chamo "genialidade". Parabéns
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