quinta-feira, 23 de julho de 2009

Conto de fadas


Mais uma vez me encontro no mesmo lugar, entre quatro paredes, em um dia cinza onde o único som é o da chuva lá fora. Estou apenas fazendo companhia a mim mesma.
Às vezes as coisas não acontecem como esperamos e somos pegos de surpresa, como se algo nos tirasse todo o ar. Nos sentimos apenas vivos pela metade, mas não deixamos de viver. Corações partidos se disfarçam em sorrisos por todo lugar.
A tempestade não deixa de cair, minha vontade de te ligar para te escutar sorrir não deixa de existir...
Encontrar as palavras certas nunca foi fácil, mas sempre que as procurei, estavam tão perto que quase deixei escapar. Por isso aprendi que as palavras devem sempre gozar da liberdade, pois uma vez ditas, nunca mais irão voltar.
De que serve escrever uma poesia se não posso ler em voz alta? De que serve um conto de fadas se não tenho mais do que sentir falta?
Não responda minhas perguntas... me deixe gritar. Não vá embora logo agora que decidi te falar...
Faça companhia aos trovões, destrua mais corações. Escute minha voz quando eu gritar, segure minhas mãos até tudo isso passar. Destrua o mundo, odeie todo mundo. Esteja comigo quando eu precisar, porque jamais irei te deixar. Vamos fugir para onde você possa me ver sorrir. Jamais faça tudo da minha maneira, mas dance comigo esta noite inteira...