sábado, 27 de fevereiro de 2010

Extremely


Odeio o meio termo. Isso mesmo, odeio. Sei que é uma palavra forte e praticamente de uso proibido, sendo que o ódio é o pior dos sentimentos - dane-se.

Você ama? Que seja demais ou de menos, mas nunca mais ou menos.

Sou extremista. Se for pra dançar, que seja até não sentir mais as pernas. Se for pra correr, que seja a toda velocidade. Eu gosto do demais, embora existam contradições. Afinal, se for pra sofrer, que seja de menos.

E gosto e desgosto de contradições – “o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou”. Se era pouco, não era amor. Muita coisa que é pouco, simplesmente não é. E também não acabam, justamente porque ao menos tiveram a chance de começar. E somos todos assim, sem fim. Não estou dizendo que sou imortal, é claro - isto seria muita pretensão da minha parte – mas estou dizendo que ninguém, nem mesmo eu tenho a chance de começar. Quando me dei conta, já estava com uma mochila nas costas e o lanche nas mãos pronta pra ir pra escola e no segundo seguinte, meu nome estava na lista de aprovados pra universidade. Quando dei por mim, já tinha uma vida. O mesmo quando me apaixonei, a intenção não era essa. Nunca me aproximei de alguém fazendo planos pra essa pessoa. E de repente eu estava de joelhos, mesmo sem querer. Um dia tudo passa, mas as lembranças continuam e isso nos torna sem final, como um texto longo incompreensível cheio de rimas, rabiscos e várias folhas que foram amassadas. Afinal, a vida é mesmo um mistério.

Como o amor... e a contradição – perto de você, não há como morrer de tédio. O tempo muda constantemente, como se fosse nosso melhor amigo e nosso pior inimigo, com a vantagem de nunca ter um meio termo, porque com você, o tempo só se comporta de duas maneiras: ou ele pára ou cria asas, e voa.








* Eu já cheguei a mencionar que estou apaixonada pelos textos da Martha Medeiros? E que ela se tornou minha escritora preferida? Ela e a Clarice Lispector estão as duas, no meu top 1.

Pois então:



-; "Adoro e-mails justamente porque são sempre bem-vindos, e posso retribuí-los sabendo que nada interromperei do lado de lá. Sem falar que encurtam o caminho para a intimidade. Dizemos pelo computador coisas que face a face seriam mais trabalhosas. Por não ser ao vivo, perde o caráter afetivo? Nem se discute que o encontro é sagrado. Mas é possível estar ao lado de quem a gente gosta por outros meios. Quando leio um livro indicado por uma amiga, fico mais próxima dela. Quando mando flores, vou junto com o cartão(...)"

(Martha Medeiros- Quindins na portaria)


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

trote (:

Escrever, ler e reler. Amassar o papel.
A vontade - e a necessidade - de escrever me possui como um animal sedento por água. Hoje não preciso de tempo porque ele está ao meu favor. Tudo flui, simplesmente.
Ouvi sua voz na calada da noite. Só não sei se era mesmo a sua voz ou se era a minha imaginação. Dizem que quando queremos muito alguma coisa, acaba acontecendo de uma forma ou de outra. Acredito muito nisso.
Logo depois de te ouvir, escrevi uma carta. Escrevi nela as coisas que me fazem lembrar de você. Fiz alguns desenhos e formas que ninguém mais poderia entender, senão você. Entre alguns riscos e rabiscos, minha caligrafia trêmula e o papel com o cheiro do meu perfume. Concluí a carta em muito pouco tempo com um "eu te amo" atrás do seu nome.
Levantei-me com a carta perfeitamente dobrada nas mãos e saí para dar uma volta. Pensei em escondê-la em algum lugar, com a certeza de que você encontraria. Mas e se eu falhasse e outra pessoa encontrasse? Não poderia correr esse risco.
Desdobrei a carta, dei meia volta e voltei para o meu ponto inicial.
Ler, reler. Amassar o papel. E no final queimá-lo, para que nunca descubram o que eu tinha a dizer. Só não deixei que aquele fogo queimasse o mais importante: meu coração desenhado no rodapé, pra que você nunca esqueça que ele é seu, só seu.








Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar. Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência, pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência.

(Martha Medeiros)




segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Só hoje


Cartas ou livros? Tanto faz. Ambos podem dizer muito ou pouco. Até mesmo nada. As palavras é que são inconstantes, como eu.
Você pode me escrever sempre que quiser. Mesmo que nada faça sentido, mesmo que seja apenas uma frase com quatro sílabas.
Se um dia me perguntarem qual palavra eu mais gosto, eu direi que é qualquer uma que você já me disse. O tom da sua voz deixa as palavras mais bonitas, e você nem sabe disso. Eu conheço seus segredos muito mais do que você. Suas cores, músicas, lugares, pessoas e gestos preferidos. Sei todos.
Enquanto isso, eu só tenho um segredo: você. E te guardo com sete chaves dentro dos meus pensamentos, pra quando eu for dormir, sonhar com você a noite inteira.
Só por hoje, vamos esquecer do mundo. Vamos sentar na calçada, cantar algumas canções. Olhar pro céu a procura de aviões. Ficaremos rindo à toa em plena segunda-feira. Ou terça? Não importa, afinal.
Vamos gritar, correr, pular. Quero ver seus olhos brilharem mais uma vez. E quero um sorriso.
Viveremos para sempre, eu e você. Caso contrário, quero apenas uma noite inteira. Estaremos a sós, no meio do nada. Como uma estrela pequenina, perdida em pleno oceano...








" Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim. A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito, que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil. Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto, e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui ".
(Martha Medeiros)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010


E então começaram minhas aulas. Nem tive aula de verdade e já estou completamente apaixonada pelo curso.
Meus professores são mara.



Na foto: Os paparazzis nunca me deixam em paz. HAHA, mentira!
O tan tirou de cima da arquibancada, e eu nem vi. Aliás, eu sou a pessoa mais desligada do mundo.



Nem ligo.




Um beijo.


E NÃO ESQUEÇAM:
HOJE, em toda região - Tv mix regional, canal 15 tv aberta ou 167 pela NET, as 20h. Assistam o programa do povo!
assistam e me digam como foi, porque eu estarei na faculdade (:



and after all, you're my wonderwall. -♫

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Mantendo-te


Como é doce a sensação de te olhar nos olhos. Aposto que voar não seria melhor, ou mais perigoso. E tua voz sempre um veneno contra mim.
Nos meus sonhos você é branco e preto, como em um filme antigo, daqueles impossíveis de esquecer. Mas eu gosto mesmo das tuas cores. Essas que te dão todo o brilho, especialmente no sorriso e nos olhos. Cores que são só tuas.
E esse teu jeito de me olhar escondido. Essa mania de saber tudo sobre mim. É o que mais gosto em você. Sei que de alguma forma está comigo e enquanto estiver, eu não serei de mais ninguém. Prometo.
Você é a rotina dos meus pensamentos. Rotina a qual nunca me deixou enjoada, considerando que gosto da diversidade. Você é o caos dentro de mim, e a calmaria também.
Te mantenho em segredo. Em silêncio. Se eu contar, posso arruinar tudo. Arriscar é bom, mas não tanto: você é meu "muito a perder". Por isso continuo te vendo de longe, sonhando em te encontrar, esbarrar em você por acaso e dizer que foi sem querer. Cantar uma música te olhando, só pra dizer o que sinto por você. Deixar tudo subentendido, sem medo de você não entender. Fugir pra muito longe por mais um ano inteiro, pra depois voltar e te encontrar num lugar inesperado, como se sentisse teu cheiro...



Na foto: Desfile do escolacho ontem. Quase morri de vergonha no começo. Fiquei com muita vergonha mesmo, pra variar. Na frente do palanque foi a parte mais mara. Cantei e pulei muito e, É CLARO, ignorei totalmente algumas autoridades. Hoje o samba enredo não sai da minha cabeça: Vem ver meu bem, meu bem vem ver, vem ver o sol nascer nas ondas da calçada num compasso tão bacana, o escolacho desfila em copacabana... -♫
Tô cantando isso o dia inteiro, pô. HAHA!
Achei que o Carnaval ia ser um pé, mas aí no segundo dia a Bia veio as meninas me ligaram e dormimos em 8 pessoas na sala de casa (depois coloco foto). Ficamos na maior nostalgia lá, lembrando dos chocolates da turma da Mônica, Disney Cruj, Chiquititas, Pokémon, Tazos, aqueles dedos, olhos e outras coisas que vinham no salgadinho da cheetos, Chaves...enfim! Ri demais.
E por falar em rir demais, MEU DEUS!!! Ontem uma criança caiu do meu lado quando eu tava comendo mini pizza. Quase deitei no chão pra rir... fazia TANTO tempo que eu não ria daquele jeito, tipo de escorrer lágrimas pelo meu rosto. Eu não conseguia mais parar. AHUAHUAHUAH!!
É, foi legal.
Agora... amanhã começa a faculdade. Confesso: tô morrendo de medo dos trotes. E também tô ansiosa, claro!
E a última coisa, NÃO ESQUEÇAM: Sexta feira, dia 19, na mix regional de limeira...canal 15 da tv normal e 167 pela net, das 19 as 20 ou das 20 as 21 (não tenho certeza), vai passar eu tocando e cantando...e falando umas coisas também. (eu tava morrendo de vergonha lá também, haha!)
Pra quem não conseguir assistir, já achei um lugar pra gravar...e vou tentar colocar no YouTube, mas não prometo nada \o/






Trilha sonora do Carnaval? Claro que teve:
Alex Ubago feat. Sharon Corr - Amarrado a ti (isso porque eu detesto espanhol...mas AMO essa música):







um beeeeeeeeeeeeeeeeijo.



Because today, I'm tide to you. Tu juegas con mi alma entre tus manos... -♫

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Semibreve instante de respiração


A pausa entre duas notas. Aquele semibreve instante de respiração.

Abre a janela e vê que está chovendo. Não! Vê a tristeza que este céu transparece. Pois engana-te. Durante a pausa, ainda que dure apenas segundos, estas não são lágrimas de dor.

E eu estou deixando que a chuva me lave a alma, que me leve com calma. Embora eu não tenha calma.

Pedregulhos e diamantes. Recados entre as linhas. Vendo cometas se cruzarem no céu até mesmo em dias nublados. Eis-me. E, por apenas ser, hoje cansei de metáforas e rimas. As vírgulas e pontos nos lugares exatos me tiram do sério. Minhas frases são livres – sim, isso mesmo. Livres, mesmo sendo liberdade uma palavra forte, porque apesar de serem minhas, não me pertencem. Apenas concedo-lhes a “vida” – e respiram como quiserem.

Ama com toda a sua força, mas não se esqueça que sentimento que se sente só, certamente é solidão. E abrace a solidão: eis uma válvula de escape para a inspiração.

Não adianta me julgar. Não deixarei de acreditar no “para sempre”. Me chame de ridícula, infantil. Tenho mesmo uma criança dentro de mim e ela é sonhadora. Ingênua também. Desculpe, essa criança não age de acordo com as regras e não sabe pensar com a razão. Eis-me.




Amar-te-ei.




***

Obrigada ao pessoal da Tv Mix pela oportunidade. Minha primeira apresentação na TV. O programa vai ao ar na sexta-feira, dia 19. Acho que pega em toda região: Limeira, Cordeiro, Rio Claro, Piracicaba, Campinas...enfim! Só não tenho certeza do horário, mas assim que souber, digo no twitter ou aqui no blog mesmo. Ou nos dois. Vou tentar gravar pra colocar no YouTube, mas não posso prometer nada, considerando que o vídeo está com pau.
Mas, se alguém estiver a fim de me ver tocando Linger, Ironic, Sweet kinda' Something, À Francesa, Te Devoro, Minha Cura e Me Chama... é no canal 15 da tv aberta ou no 167, pela NET!
E eu até consegui brincar na hora de falar e tal. Não que eu seja travada, mas dessa vez eu não fiquei nervosa. Pelo menos, não tanto assim. Tá certo que em Linger eu achei que não ia conseguir tocar, de tanto que eu tremia, mas depois passou! E eu consegui conversar o/
Enfim, não vou contar mais nada pra ninguém. Quem quiser saber vai ter que assistir. E se eu não conseguir, alguém por favor me diga como foi, porque eu estarei na faculdade!!
(Sempre quis dizer isso, haha. É estranho!)



um beijo.