sábado, 28 de novembro de 2009

Locked


É isso. Seguir em frente. É o jeito. Não é? Foi o que disseram por aí...

Se todo mundo vai pra frente, porque estou parada? Não faz sentido. Faz?

Não que eu tenha algum motivo, a não ser o fato de que o mundo não para e que os ponteiros continuam rindo de mim em um ritmo irritantemente compassado.

E rolam os dados, os jogos continuam. Ninguém é invencível. Eu muito menos e isso está longe de significar que eu seja medrosa. Ou vulnerável.

Jogar faz parte, assim como perder. E ganhar, é claro. O problema é quando quebram as regras.

Estive apostando meu coração... e perdi. Mas ganhei também: aprendi que não devemos apostar tão alto. Ainda que seu desafiante tenha sobre si um disfarce perfeito.

E aqui estou. Seguindo em frente sem a minha parte mais importante. A não ser que eu dê sorte em alguma parte do jogo e eu siga algum caminho onde tudo sopre ao meu favor.

Por enquanto, se eu soubesse o caminho para encontrar meu coração, com toda certeza encontraria, mas prefiro simplesmente não procurar. Sei com qual aparência estará. Sem contar um pedaço de madeira enfiado bem no meio, sustentando uma placa onde se diz, em negrito: FECHADO.












Não que a foto tenha algo a ver com o texto, but anyway, eu adoro essa foto.





Post ao som de Laura Pausini - Due
Io che ti telefono,
tu che non si in casa: ‘lasciate un messaggio’
Ma è molto più veloce il nastro di me, che non so mai che dire
E allora proverò ad uscire,
stasera io ti trovo, lo so!!!






Só preciso de sorte. Não vou dar mais detalhes por enquanto, senão nada dá certo.
Mas vocês vão ver o que eu vou fazer... se der!



um beijo.
especialmente pra bedé e pra figurona que me deram o melhor presente de todos...que ainda não vou dizer o que é.




Mas...logo....

Um trecho da série O diário da princesa.

É, então, a coisa não deu muito certo.

E piorou mais ainda quando eu estava me despedindo do Michael – depois de tentar, sem conseguir, arrancar o iPhone da mão dele para poder deletar a cópia do meu livro que eu cometi a idiotice de mandar para ele – e nós nos levantamos para ir embora, e eu estendi a mão para dar tchau, e ele olhou e disse: “Acho que a gente pode fazer algo melhor do que isto, não é mesmo?”

E ele abriu os braços para me dar um abraço – um abraço de amigo, obviamente, quer dizer, não era nada mais do que isso.

E eu respondi: “Claro que sim.”

E eu retribuí o abraço.

E sem querer senti o cheiro dele.

E tudo voltou como uma onda. Como eu sempre me sentia segura e quente nos braços dele, e como toda vez que ele me abraçava desse jeito eu nunca mais queria largar. Eu não queria que ele me largasse ali, bem no meio do Caffe Dante, onde eu só estava fazendo uma entrevista com ele para o Átomo, não estava em um encontro ou qualquer coisa assim. Foi tão idiota. Foi tão horrível. Quer dizer, eu praticamente tive que me forçar a largar, a parar de respirar o cheiro de Michael dele, que eu não sentia há tanto tempo.

Qual é o meu problema?





(Meg Cabot - Princesa para sempre)















Conheço alguém assim. Igualzinha.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Looking for something


Sua visão permanecia confusa, como se estivesse vendo através de lentes quebradas e andando no meio da multidão. Dava encontrões de propósito naqueles que não lhe pediam licença.
Tinha que estar alí em algum lugar. Impossível que não estivesse. Não havia outro motivo para que suas mãos tremessem daquele jeito. Sabia que não estava enganada.
Olhou por cima do ombro, por todos os lados. Apurou os ouvidos. Talvez pudesse escutar se aquela voz, por um acaso, dissesse seu nome.
Onde poderia estar?
Olhava atentamente nos olhos de cada um. Alguns tinham olhos azuis, outros castanhos. Alguns maldosos, outros meigos. Ah, como era complicado encontrar.
Apertou o passo de forma que não conseguia mais sentir as pernas. Ia desabar.
Consultou o relógio. Não havia muito tempo - tinha que estar em casa antes da meia noite, antes que dessem conta do seu sumiço.
Continuou procurando.
Tudo acontecia muito rápido. Vozes altas, risadas, brincadeiras. Sem falar na música de fundo. Não poderia esperar outra coisa, sendo que estava no meio de uma pista de dança.
Empacara-lhe um grito na garganta. Se ao menos soubesse onde estava...
Mas apenas sabia que estava.
E todos continuavam a dançar como se nada estivesse acontecendo. Tudo acontecia normalmente.
A calma começava a morrer. Não conseguia sequer entender o motivo de estar procurando.
E foi quando havia encostado na parede sem esperanças, que ela viu. Alí estava. Não o que ela queria mas sim, quem ela queria.
Seus olhos se encontraram por alguns segundos e quando andaram na mesma direção, percebeu que estava sorrindo. E sem dizer uma palavra, segurou-lhe as mãos. Seu coração disparou.




















Sandy & Júnior - Love never fails.



















63 dias.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Então vá!


A porta está aberta. Você tem cinco minutos pra me dizer o que quer. Não posso mais esperar por coisas que vem e vão, por promessas que serão feitas e jamais se cumprirão.
Se achar que não vale a pena continuar aqui, vá. Você já fez questão de destruir tudo então quando sair, ao menos apague a luz. Se quiser mesmo ir, vá de uma vez sem olhar pra trás, antes que eu feche a porta e você fique pra sempre.




Nem tudo o que parece é. Nem tudo que é amor é ilusão. Nem toda música é feita sempre da mesma inspiração...







Então vá!
Minha música nova...
E antes que me perguntem...não, não estou mandando ninguém embora. Sabe aquela famosa frase do John Lennon...
" Amo a liberdade, por isso deixo as coisas que amo livres. Se elas voltarem é porque as conquistei. Se não voltarem é porque nunca as possuí. "
Então...
Estou apenas deixando todas as pessoas livres de mim. Se ficarem, será por algum motivo...



É. É isso.
Então vá, composição minha, arranjos do Beto e Natália tocando bateria.




Um beijo grande pra todo mundo.
-

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Desencontros


Então depois de muitos desencontros, finalmente nos reencontramos. Você não mudou nada.
Eu não espero o momento certo pra falar. Não mais. Prefiro não dizer nada...
Você foi minha inspiração por mais de dois anos e estou realmente surpresa ao estar escrevendo isso agora. É que te quero ver com alguma coragem. Te quero rindo da minha cara, na minha cara.
Não conheço seus segredos. Talvez seja melhor que eu nunca saiba. Eu sei onde você se esconde, e basta.
De tantas coisas que poderia estar agradecendo agora, agradeço pela sua escolha de seguir na contramão.
Seus lugares, seus amores... não sei onde estão, nem quem são. Mas poderia ser eu...
Meu coração é inatingível pra você. Roube flores e jogue no meu quintal, diga o que quiser, mas não aperte os olhos daquele jeito. Posso colocar tudo a perder...
Desculpe, mas do mesmo jeito que minhas palavras não lhe dizem nada, talvez nem façam sentido, as suas não me atingem de forma alguma.
E então, depois de muitos desencontros, aqui estamos. Por culpa do seu acaso e do meu mero descaso...






Lifehouse - All in all








71 dias.

sábado, 14 de novembro de 2009

Coisas que ninguém precisa saber


Existem coisas que ninguém precisa saber. Tem hora que é preciso mesmo esconder. É muito mais fácil escrever quando provavelmente ninguém vá ler. E é justamente por isso que lhe escrevo.
Não importa o que eu sinto, o que eu faço. Não importa o quanto eu esteja sofrendo. Tenho que continuar vivendo. Sei que você pensa assim. Nada tira esse pensamento de mim.
No começo o tempo passou devagar. Agora, desatou a voar. Não deveria ser ao contrário?
Eu queria saber onde você está agora. Queria que me surpreendesse fora de hora. Queria ter a certeza de que tudo pode voltar, mas só estou certa de uma coisa: mesmo que mude, não vai mudar. Existem coisas que são impossíveis. Não se pode alterar um fato.
Qual é a graça de estar sozinha em meio à multidão? Eu olho pros lados, danço um pouco. Ganho sorrisos. E por um acaso tudo isso muda a solidão?
Fui obrigada a crescer. Doeu muito, mas talvez valha à pena. É difícil dizer. Tenho muitos sentimentos bons e ruins, mas existem coisas que ninguém precisa saber...











76 dias.
I just don't argue anymore... -♫

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

How far...


Até onde você iria? Seria capaz de estraçalhar quantos corações para conseguir o que quer?
Não sei se eu seria intencionalmente capaz de ferir um coração. Mas fui capaz de entregá-lo de mãos beijadas para que fosse pisado. E foi.
Meus gritos? Não...ninguém pode escutá-los. Ninguém. Talvez até consigam vê-lo através de minhas lentes, passeando vagamente. Querendo sair.
Hoje reli algumas coisas e confesso que não deveria tê-lo feito. De que servem as lembranças se você não tem a plena certeza de que são reais?
Só estou certa do que faço. Onde estou e onde estarei. E sei que se eu estiver do seu lado, você não me verá. Passarei despercebida como uma pétala de uma rosa qualquer sendo levada pelo vento.
Poderíamos estar combinando nosso primeiro encontro. Já sei a rua e o lugar certo. Sei até o dia e a hora. Não sei o que me deu. Você não virá. De qualquer forma, só eu estarei esperando mais uma vez uma surpresa incerta. Até que o momento chegue e o destino me mostre com uma pisada bem forte que sim, eu estava certa.

















" As palavras são como os patifes desde o momento em que as promessas os desonraram.
Elas tornaram-se de tal maneira impostoras que me repugna servir-me delas para provar que tenho razão. " (William Shakespeare)


É.





Meu clichê. Beijos pra Bedé e pra Bia.

Beijo do tamanho da saudade pra Bumbá.

E especialmente beijo pro R.S.A, por ter me feito gargalhar como não fazia há muito tempo. Obrigada!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ciclos


- Me promete uma coisa?
- O que?
- Que nunca, em hipótese alguma, você irá me dizer uma mentira.
- Sim, eu prometo.

Tudo segue um caminho. Um ciclo.
As águas evaporam e as nuvens carregadas chovem. O que vai, volta.
Sempre tem alguém que ama mais e consequentemente, sofre mais. Mesmo assim, ama outra pessoa com a mesma intensidade.
Eu gosto, eu desgosto. Eu amo, eu odeio. Essa talvez seja a única regra que não tem exceção. Todo mundo é assim.
Ser humano é um ciclo. Das atitudes às palavras. Eu, pedindo sempre para não ouvir mentiras, mesmo sabendo que elas estão por toda parte. Você, que ao prometer não mentir, já não estava dizendo a verdade...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Relicário


O que os olhos não vêem, o coração prevê. E eu vi. O que não vi, imaginei. E aconteceu. Bem na minha frente. E aqui estou eu. Descartada. Como se fosse um pedaço inútil de papel.
Não sei bem dizer o que estou sentindo. Não é bom, mas também não é ruim. Estou crescendo. Não penso mais como uma criança. Sei o que devo fazer. Só me falta aprender de que maneira.
Minha vida tem estado cheia de acordes semitonados. Cheia de ironias e pleonasmos.
Nunca fui grande fã da rotina. Pelo contrário. Por essas e outras, cada dia sou uma. E não confunda isso com dupla personalidade, porque não é disso que estou falando. Um dia estou toda romântica, no outro continuo mas finjo não estar, só pra ver se consigo alguma recíproca verdadeira, que não seja uma qualquer, portanto válida.
Tornei-me uma lembrança e meus atos e relatos traem os fatos. Estou fechada para qualquer tipo de uso. Com a mesma mão que escrevo cartas de amor seguro a espada e posso garantir que o impacto, apesar de oposto, é o mesmo.
Acontece que o que eu previa aconteceu. Minhas cartas foram todas sinceras. Restaram-me apenas alguns centavos de troco do correio. E a espada...esta cravou-se em mim. E para concluir, cheguei no fundo do poço. Mas acho que já está quase na hora de subir...










Beijo pra Bedé e pra Bia, como sempre.
Beijo pra Cris, a cantora, que voltou pro Brasil e tem sido uma grande amiga.
Beijo pro Japinha, de parabéns, que conseguiu a chance da vida dele. I always knew!
Beijo pra Bumbá, simplesmente por ela ser a Bumbá.
Enfim, beijo pra todo mundo. Beijos para sempre...





E por falar em Relicário...



O que está acontecendo? O mundo está ao contrário e ninguém reparou.
Um relicário imenso.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Tia Norma


Vamos brincar de palavras que terminam com ão? Por favor, não diz que não.
Obrigada por me mostrar quem é que as pessoas realmente são. E obrigada por ter segurado minha mão aquele dia que fiquei com medo de andar de avião.
Vou te contar um segredo: Gosto quando você me dá broncas por falar palavrão. Gosto do seu jeito de dar educação.
Nunca se torne normal, como muitos são. Ninguém que é comum chama atenção.
Eu te amo por ser a melhor tia desse mundo alimentado por traição. Eu te amo por ser o contrário de tudo que é ruim e capaz de destruição.
Nunca siga uma norma. Seja a Norma e não deixe que ninguém brinque com seu coração.
Jamais escreveram pra você, mas nesse momento eu lhe proporciono a incontestável sensação de que todo mundo gosta de ser inspiração...