quarta-feira, 30 de junho de 2010

- won't you raise your glasses?


Muda, tudo muda. O tempo muda, as flores mudam, os ventos mudam e a gente muda. Assim mesmo, de uma hora pra outra. Sem perceber.

Mudamos constantemente a cada segundo, a cada gesto e a cada pensamento. Quantas vezes você já mudou hoje? Há pouco eu estava querendo comprar uma briga com alguém. Agora, quero sair na rua e distribuir sorrisos. Vai entender.

Somos humanos e temos instintos. É irracional (e impossível) não esperar alguma mudança. Mudamos por que a mesmice é monótona.

O que seria de mim se você não tivesse mudado? Provavelmente ficaria estática. E, por minha causa, alguém teria que parar também. É como as coisas acontecem, não adianta negar. Se alguém resolver ficar imóvel, todos nós ficaremos. “Se ele pode, por que eu não posso também?”

Tão (estranhamente) fácil seria se os ventos continuassem a soprar para o mesmo lugar, se as flores não murchassem e se o sol não parasse de brilhar. Só não seria estranho se uma pessoa não mudasse. Tudo bem que todo mundo muda, mas com tanta ignorância, falta de informação e insensibilidade no mundo, tem gente que dá volta em círculos e consegue realizar o irrealizável: muda para igual.





Ama a dor com uma intensidade imensurável

Escreve cartas de amor

Ama a música

Ama as palavras

Ama o amor

Amador...

E.




Brasil x Holanda

Espero que a vitória seja, mais uma vez, nossa. O que nos resta, a não ser torcer?

Copa do Mundo é tão bom. Não que isso seja algum tipo de segredo, mas estar junto à família comendo, bebendo, comemorando gols e xingando lances ridículos definitivamente não tem preço.

Faltam 3. Só 3. Let’s beat ‘em all.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

- do you?


De repente você diz um sim (ou um não) e sua vida vira de cabeça pra baixo. E depois dizem que palavras não são perigosas...

Pois eu digo que são. De todos os jeitos. Ao sair da boca de uma criança, que provavelmente não sabe o que está dizendo, ou do coração de um homem ao pedir sua melhor amiga em casamento. O perigo está na pergunta e na resposta. Na ação e na reação.

Você sente minha falta? Nunca deixe esse tipo de coisa subentendido. Às vezes eu me canso de sentir, tem dias que eu preciso saber.

Tanta falta me consome. A falta do que fazer, a falta do que dizer. A falta de você.

Volta? Fica?

Eu não deveria dizer, mas disse. Palavras são perigosas. Quando o vento me leva, elas me trazem de volta.




(Voltei)






But here I am again lightin' it up knowin' that she'll just burn me. It’s like I love this pain... -♫

(Lady Antebellum – Love this pain)

quarta-feira, 23 de junho de 2010

- I've got another confession to make...


Uma música, um livro, uma palavra ou um grande feito. E num piscar de olhos, pronto: você é imortal. Tudo te leva a algum lugar, ainda que esse lugar seja aquele em que você esteve o tempo todo.

Tão simples ser imortal. Basta acreditar que a eternidade é real. Como o amor. Eu, como fiel escudeira desse sentimento, não poderia deixar de falar sobre ele. Se não o fizesse, este não seria um texto meu.

Muitos me perguntam qual o verdadeiro conceito de eternidade, que tanto acredito. Desculpe, não sei definir. Se quiser saber o que é, segure minha mão. Não sou a companhia perfeita, mas ao menos posso te livrar da solidão.

E o que é solidão? Solidão é você. Sou eu. Somos sós, embora tenhamos a nós. Você não pode ser por mim e eu não posso ser por você. Mas podemos ser juntos.

Podemos ser imortais. Escreverei e cantarei pra você. E você viverá em tudo o que eu já fiz, inclusive nessas linhas.

Somos ironia. Fantasia! Que seja loucura, que seja frescura. Tanto faz, viveremos para sempre, por que, por mais estranho que isso possa parecer, eu não nasci pra morrer...












...I'm your fool.

domingo, 20 de junho de 2010

- infinita highway


Preciso te ver. Chegou a hora de dar um chute no orgulho e dizer que eu tô com saudade. E, caso você não saiba, informo-lhe: saudade dói.

Hoje eu lembrei de você por que aquela música estava tocando enquanto as folhas se desprendiam dos galhos e ameaçavam cair no meu copo de coca-cola. Eu lembrei de você por que achei que ia te ver, mesmo sabendo que não ia.

É engraçado, não é? Toda vez eu sinto como se fosse te encontrar. Deve ser por que, de alguma forma, você está comigo de qualquer jeito. No clichê e no não-clichê. Nos pensamentos e no coração. Você está comigo na cor da minha roupa, que é sua preferida. No cheiro do dia, que lembra algo que já aconteceu. Está comigo por que eu te guardei em mim e te trouxe aqui comigo. E te levarei pra onde for.


O problema é que hoje preciso de algo maior do que a sua lembrança. Preciso de você. Te quero. Te quero ver. Te quero ter. Agora.

O que você está esperando? Não fique me lendo com essa cara de quem não fez nada. Você tem culpa de tudo. Cada sílaba vinda de mim é sua culpa. Cada batida do meu coração é culpa sua.

Eu não te mandei ir embora, mas você foi mesmo assim e não mandou mais notícias. E eu também não procurei saber. Nos desencontramos. Você é meu desencontro.

E eu preciso te ver. Não importa como, nem onde, afinal. Fico feliz com um encontro casual...






Estamos sós e nenhum de nós sabe exatamente onde vai parar. Mas não precisamos saber pra onde vamos, nós só precisamos ir.. ♫

http://www.youtube.com/watch?v=0i2fCwBNqo0

quinta-feira, 17 de junho de 2010

- try me

Um emaranhado de versos inversos. De repente tudo vira, tudo desvira. E vai, e volta. E fica.

Como dizer tudo de uma vez? Não sei. E se eu não disser? Pra falar a verdade, eu gosto de não dizer.




Decidido: não direi.

(Me descubra)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

;- hope



Foi como se um choque tivesse atravessado cada veia do meu corpo, uma por uma. Um abrir de olhos letal. Foi como regurgitar todo o veneno que entornei esperando que outra pessoa morresse no meu lugar.
Nada que é muito fácil é bom, mas tenho para mim que o que é muito difícil, beirando o impossível, na maioria das vezes pode ser ainda pior. Tudo bem que a esperança é a última que morre, mas ninguém disse que ela é imortal.
Ter esperança é insistir naquilo que não tem volta. Ter esperança é jogar na loteria mesmo sabendo que não irá ganhar. É pular de alegria quando nada estiver ao seu favor.
Ter esperança é insistência. Inconveniência. Ter você do meu lado nesse exato segundo e jamais me acostumar com essa sua irrefreável permanência...





In case of fire? Just let it burn.


Foto tirada por mim.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

- a carta que eu nunca enviei


Veja só você, como me leva na boa. Tantas vezes eu tentei dizer não, e no fim das contas sempre acabava por ouvir o som da minha própria voz deixando escapar um sim. Qual o seu segredo? O que é que você tem que me faz ir pra um lugar bem longe e não querer voltar?

Não entendo mais nada. E, por favor, não se atreva a explicar, eu não quero entender. Mas pense comigo: Não é irônico que eu tenha me encontrado justamente na pessoa que eu não estava procurando?

O destino nos prega boas peças e, além de tudo, solta gargalhadas, apontando-nos um dedo na cara, muitas vezes como se dissesse “Bem feito, eu avisei”. E outras, como se dissesse “É. Eu sabia que ia gostar disso. Aproveite”.

Cá entre nós, sou uma fã incondicional do destino. Se não fosse ele, eu não estaria fazendo essa coleção de palavras para te entregar no final do dia. Ou no começo dele, caso esta carta demore a chegar.

Eu sei que provavelmente, pra você, essas linhas valem tanto quanto um grão de poeira no vento, mas não importa. Eu gosto de te escrever. Gosto ainda mais da sensação de saber que você gasta alguns minutos para me ler.

Lembro que há algum tempo atrás, você queria companhia. E eu logo cedia. A noite inteira tinha pouco tempo. Todos os dias tinham pouco tempo. Os segundos são muito rápidos. Os minutos também.

Hoje eu sei que você não me quer aqui. Tudo bem, eu me permito ser indelicada de vez em sempre. Estou aqui de qualquer forma, mesmo sabendo que você não me chamou e nem ao menos perguntou por mim.

Só pra deixar você saber, eu não vou a lugar algum. Se você não aceita isso, o problema é único e exclusivamente seu: vire pro lado de lá, apague a luz, feche os olhos e finja que eu não estou aqui.








Só não se esqueça que eu estou...



















- light me a candle...

quarta-feira, 2 de junho de 2010

- at first glance...


Diga-me o que meus olhos te dizem. Ou diga-me o que eles não dizem. Vai de você.

Interpretar olhares não é tão difícil quanto parece ser: um pouco de sensibilidade é suficiente. Um pouco só. O mínimo. O mínimo do mínimo.

Olhar nos olhos que é difícil. Uma tarefa perigosa, quase impossível. E você deve estar se perguntando o porquê disso, sendo que não sente absolutamente nada a cada vez que olha nos olhos de alguém.

Olhar nos olhos não é simplesmente olhar nos olhos: é a continuação do que as palavras não conseguem dizer. E é repetição. É tornar a irrealidade real, ou vice-versa. É quebrar suas próprias barreiras, imaginárias ou não. Olhar nos olhos é como voar, mas sem tirar os pés do chão. Simples assim.

Recado dado. Se me olhar nos olhos, olhe-os. Esqueça o resto do mundo, inclusive quem você é. Esqueça quem eu sou. Deixe que palavras se prolonguem através do silêncio, por mais improvável que isso pareça. E deixe que se repitam, como todas as outras coisas se repetem.


E você se repete em mim. Sempre.







"(...)Livrar-se de uma lembrança é um processo lento, impossível de programar. Ninguém consegue tirar alguém da cabeça na hora que quer, e às vezes a única solução é inverter o jogo: em vez de tentar não pensar na pessoa, esgotar a dor. Permitir-se recordar, chorar, ter saudade. Um dia a ferida cicatriza e você, de tão acostumada com ela, acaba por esquecê-la. Com fórceps é que a criatura não sai."

(Martha Medeiros)




E depois desse trecho da Martha, me atrevo a dizer mais alguma coisa?

Não. É claro que não.