domingo, 10 de outubro de 2010

- tudo o que sei e, ao mesmo tempo, não sei...


Você vem sempre aqui? Não é a primeira vez que te vejo e sim, tenho certeza disso. Acho que te conheço mais do que você pensa (e, talvez, menos do que acredito). O que são essas olheiras? Porque está tão triste? Não, não fica assim. Eu estou aqui e tenho te observado daqui dessa mesma cadeira. Você, sempre do outro lado da sala, com a cabeça nas nuvens. Ou realista demais? Não sei dizer.
Entre um gole e outro do meu refrigerante, você sorri. A pressa é perfeitamente notável, impecavelmente polida todos os dias, eu sei. Comigo também é assim, no fim das contas, acho que não somos tão diferentes. O meu segredo é fingir seguir as regras.
Alguém desenhou uma linha no meio da sala: O lado direito é seu e o esquerdo é meu. Quem atravessar primeiro, perde. E eu não quero perder... Prefiro continuar na cadeira. Antes sentir saudade, com plena consciência de que você está ali do outro lado, do que nunca mais te ver e saber que perdi. Me chame de covarde, eu não me importo. Não sei perder, não quero. E jogar mentindo (ou omitindo) é o mesmo que perder pra mim. Quero essa linha apagada, não quero um limite para precisar atravessar. O que fazer? Não sei. Não sei esperar. Empatamos...





“Will you stick with me through whatever or runaway?”
(Vanessa Hudgens – Say Ok)

3 comentários:

Mihai disse...

É melhor ter amado e perdido do que nunca ter amado.

Leonardo Mendes disse...

Just a small town girl, livin' in a lonely world
She took the midnight train goin' anywhere
Just a city boy, born and raised in South Detroit
He took the midnight train goin' anywhere...

Raíssa Momesso disse...

Voce é extremamente talentosa =) te admiro muito querida... beijao!