terça-feira, 27 de julho de 2010

- encontra-tempo


Cubra-me com suas verdades e diga que acasos não existem, que estamos aqui pela simples culpa do contratempo que nos prende. Ou seria encontra-tempo? Nos encontramos na hora exata e não nos perderemos. Isso é fato.

Somos a pausa entre duas notas que brigam para se juntar. Um pequeno espaço de silêncio que diz tudo o que quer dizer sem necessidade de palavras ou sons e, mesmo assim, gritamos pelo prazer de ouvir um ruído qualquer. Você é quem quer ser e eu sou quem acredito ser. Você quer ser minha sina e eu acredito ser a sua. Então, fatalmente, somos.

Quantas voltas os ponteiros deram até agora? Me distraí e parei de contar, parece que o tempo parou. Ou correu? Não sei dizer, não quero saber. Gosto das duas opções igualmente. O tempo que para, por melhor que seja, torna-se enjoativo por que sempre esperaremos momentos melhores e ainda mais intensos. O tempo que voa deixa saudade, junto com uma vontade de que tudo volte e permaneça do jeito que era para sempre. É, o tempo em si é uma contradição. Como todas as outras coisas.

Hoje é o dia em que tudo pode acontecer. Você pode ser quem quiser. Eu sou um emaranhado de acordes e você, arranjo. Sou encanto e você me encanta. Eu sou de mim e você também – me rouba. Quero ser sua canção e, se quiser, podemos até inverter os papéis. Eu compositora e você, inspiração.

3 comentários:

Raíssa Momesso disse...

Olha só... encontrou entao? Voce escreve maravilhosamente bem, rs admiro muito! E eu me identifico muito com seus textos. Parece que sao escritos por mim, por para mim nao sei.. rsrs. Sempre leio-os e gosto muito! beijao querida ;)

Mihai disse...

So intense, so truthful. Your love is almost palpable. I can feel it when I see it in your writing. I love your writing, I love everything you are and I know that you will find someone to inspire your writing full of love until the end of time.

Gabriel Eduardo Mattos disse...

Sonhos que um dia tivemos.... Realidades que jamais sentiremos, Utopias, por mais que queremos...
Fantasias que ancançaremos!