quarta-feira, 13 de agosto de 2008


Sabe aqueles dias que você acorda com vontade de subir no telhado e dar um berro de estourar os tímpanos?
Então..é QUASE isso, talvez um pouco mais. Bem mais.
haha
A verdade verdadeira mesmo é que eu não estou no meu normal hoje e eu ADORO quando isso acontece...tô lokona...pra escrever, digo!
Pois então, pois então...lembra do texto que eu falei no post passado (eu acho)?
Tá pronto!
HAAAAAAAAAAAAAAAA
Eu DISSE que seria algo bem louco, fora da realidade de muitas pessoas, mas dentro da MINHA realidade!
Tanto que eu já ouvi "a cada palavra que lia, te via literalmente..."
E, como foi BOM ouvir isso!

Sem rodeios, sem rodeios!
Sei que poucas pessoas vão ler ou ninguém, pelo tamanho dele, mas isso simplesmente não importa e também não muda a ansiedade que eu tô de postar o texto aqui!
HA!
O nome dele é Afrodite, porque Afrodite, como todos sabem é a Deusa do amor! ♥
Lá vai:
Afrodite

...e ela não conseguia entender qual era a diferença entre paixão e obsessão.
Seus olhos estavam quase transbordando as lágrimas que tentava, com muito esforço, segurar e ela nem ao menos sabia porque isso acontecia, mas sentia e seus sentimentos eram muito mais do que intensos.
Tinha desenhada no rosto uma expressão fatal e sorria maliciosamente encantada. Os cabelos compridos acompanhavam o vendaval no ritmo perfeito, o coração batia forte, descompassado. Não conseguia mais controlar seus movimentos, a intensidade do amor que sentia aumentava constantemente.
Dançava ao som desconcertante do silêncio, corria ao pôr-do-sol, através das ruas vazias pulava de prédio em prédio... seus passos loucos eram maravilhosos. O que sentia era tão forte, tão forte... o céu escurecia e no exato momento em que abriu os braços, houve uma sucessão de acontecimentos que muitos diriam ser inacreditáveis. Um trovão ensurdecedor quebrara o asfalto, o vento derrubava a cidade, transformara-se em furacão. Ela era o furacão Os vidros dos carros e as janelas das casas se quebraram. Uma rosa amarela brotara no asfalto. O silêncio que antes entorpecente, tornou-se inexistente, fora substituído pelo grito da menina. Gritava a mais poderosa de todas as frases seguida por um único nome. O nome que proporcionava aqueles sentimentos, o nome que estava tatuado a ferro e fogo na sua mente forçando-a a passar noites acordada...Enlouquecia, torturava. Era como se lhe bebessem o sangue. Faltava-lhe o ar.
Objetos voavam por todos os lados. Perdera o controle, não podia mais segurar o que sentia. Toda água do mundo virara gelo, as plantas iam crescendo. O céu que antes estava escuro, ficara vermelho como fogo, e repentinamente, vários nuances aconteceram, as cores se misturavam...anoitecera.
Era a vez das estrelas. Caíam como pequenos diamantes e se cruzavam no céu, diante daquele belíssimo olhar fatal. Ela acreditava demais no amor e porque acreditava, podia senti-lo como ninguém.
Muitos diziam que seu romantismo era mera imaginação ou uma grande fixação. Era, definitivamente, obcecada pelo amor e sua vastidão de sentimentalidades, mas só era assim porque sabia que tudo aquilo existia.
Beijava devotamente os lábios do vento como se ele pudesse, por sua vez, entregar aqueles beijos doces para alguém a distância, como se fosse um mensageiro romântico.
As pedras viravam brilhantes que voavam e se penduravam no céu, como se fossem pingentes delicados que só uma dama sofisticada usaria. Toda a magia da noite parecia murmurar e surpreender. Aquela insanidade toda fazia sentido. Os sentimentos dela causavam tudo aquilo.
Sentia-se viva. Calafrios percorriam seu corpo, suas mãos suavam frio. Sabia que qualquer coisa poderia acontecer em qualquer momento.
Estava em órbita. Desmaiara e, quando o fizera, tudo voltara ao normal.
Acordou ainda de braços abertos, mas a cidade ainda existia, o céu permanecia claro e seus sentimentos ainda mais intensos, mas ainda não sabia a diferença entre paixão e obsessão. Simplesmente não se importava, apenas sentia. O rebuliço começaria outra vez.



Porque esse texto, MERECE ser escrito em vermelho.




E depois disso tudo, não tenho mais nada a dizer.
O mesmo texto está no fotolog, com foto diferente :)



bisous.

Um comentário:

Cleiton Stanley Carr disse...

Texto perfeito, nunca pensei que poderia gostar tanto de ler um Blog, quanto estou gostando de ler esse.
Eloá, vc canta muito, escreve muito! o.O
Athena que me perdoe, mas você é demais. Em tudo que vc faz!! o.O
Confesso que foi um dos textos mais lindos e marcantes que li nos ultimos tempos. Coicidência até, pois falavamso de mitologia grega estes dias.^^
Era disso que eu tava falando, paz interior que consigo lendo o que você escreve.
Parabéns *-*

s2 s2 s2