terça-feira, 7 de outubro de 2008

Carta ao acaso...


" À você, que carrega total responsabilidade pela ambiguidade de meus versos e seus significados.
À você, que sempre me acontece nos momentos mais inesperados e às vezes até inoportunos.
É. À você, que se não existisse, minhas palavras estariam nesse momento irrevogávelmente perdidas... "

Te entrego esses beijos quentes
Para que os esconda
Leve-os com você
Para onde é que for

Assisto a chuva
Que despenca sua ira
Iluminando a madrugada
Perfeita para uma dança

Você me encontrou tão distraída
Acertou em cheio meus pensamentos
E aí então desapareceu
Como o verso mais lindo do poeta que se perdeu

Você me atingiu
Trouxe a companhia da solidão e partiu
Mas ainda vive sua promessa de voltar
Cabe à você não demorar

Entre alguns beijos imaginários, você me pedia
Para nunca partir
E com lágrimas nos olhos, eu sorria
E dizia: Estarei sempre aqui

Entre toques seus
Alguns delírios meus
Suspiros de felicidade
E você, para sempre minha realidade

Comecei com rimas inexistentes
Essa história que o vento agora conta
Sobre você
Falando sempre de amor

Serei cura
Para toda mentira
Suja e deslavada
Que te atingir como uma lança

Faço assim minha despedida
Como comecei, sem argumentos
Como um poeta que, sem pensar, pegou o lápis e escreveu:
Meu coração ainda é e sempre será seu.

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